bpexcelencia.blogspot.com tem a função de trazer informação útil sobre as atividades dos setores regulados (farmacêutico alimentício e cosmético)
no sentido de ajudar no desempenho, demonstração e manutenção do estado de certificação das Boas Práticas
através de artigos com abordagens estratégicas, comentários, tópicos de treinamentos, ferramentas e estudos de caso.
Assim como informações sobre a conduta e desenvolvimento das pessoas envolvidas neste segmento.

domingo, 24 de abril de 2011

GERENCIAMENTO DE PROJETOS (2): Fatores críticos de sucesso.


DIÁRIO DE BORDO: Cada vez mais cresce os esforços que uma organização dedica aos projetos. O gerenciamento de projetos passa de iniciativas para tratar necessidades empresariais especiais para uma forma padronizada de realizar negócios. O aumento de sua importância é devido à contribuição dessa ferramenta para a direção estratégica da organização levando-se em consideração a diminuição do ciclo de vida dos produtos, a competitividade global, a explosão do conhecimento, o downsizing corporativo e o foco cada vez maior no cliente.

A necessidade cada vez maior de eficiência e velocidade em atender o mercado faz com que os projetos tenham que ser implementados dentro de prazos restritos, de acordo com orçamento aprovado e dentro dos requisitos definidos pelo cliente. Para que os resultados sejam atingidos é necessário seguir uma metodologia de planejamento cuja execução e controle seja de conhecimento de todos. A seguir serão enumerados alguns fatores estudados por J. K. Pinto e D. P. Slevin a partir de entrevistas que fizeram a vários gerentes de projetos. Os fatores críticos foram agrupados pela sua ordem de importância:

Missão do Projeto – Definição clara dos objetivos e direções gerais.A definição dos objetivos, requisitos e resultados esperados é de fundamental importância para o sucesso na implantação de um projeto, mas não basta só perguntar ao contratante o que ele deseja. Antes, é preciso identificar quem são as pessoas afetadas pelo resultado do projeto e saber delas o que se é esperado. Isso pode ser feito através de entrevistas, questionários e workshops com as pessoas chave poderão ser afetadas pelos resultados do projeto, seus usuários e fornecedores de informações, equipe técnica de implantação e eventuais parceiros. A partir dessas informações podem ser descritos com clareza o escopo do projeto, seus produtos assim como as exclusões. É importante que todos os envolvidos entendam exatamente o que está para ser iniciado evitando-se retrabalhos que levam a atrasos, custos não planejados e, eventualmente, abandono do projeto.Nessa fase do planejamento também são definidos o critério de aceitação, o cronograma e os recursos necessários.

Apoio da Alta Gerência – A disposição da alta gerência para fornecer os recursos, autoridade/poder necessários ao sucesso do projeto.Metodologias consagradas preconizam a necessidade da alta administração em emitir um documento dando autoridade ao líder do projeto para utilizar os recursos da organização, além de descrever as necessidades de negócio a serem atendidas pelo projeto e a descrição do produto ou serviço a serem fornecidos. O líder de um projeto precisa ser reconhecido como o condutor das ações que levarão aos resultados esperados. Então ele precisa ter autoridade para tomar decisões que envolvem a contratação de pessoas, produtos e serviços, gerenciar mudanças, conflitos, custos, riscos, qualidade, tempo e relacionamento com o Cliente. Outra forma de envolvimento da alta gerência é através das reuniões de acompanhamento do projeto analisando o cronograma, custos, qualidade, recursos e riscos e da participação no comitê de controle de mudanças no projeto.

Plano e Cronograma do Projeto – Especificação detalhada dos passos e ações para a implantação do projeto.O plano do projeto é um documento formal e aprovado, usado para orientar a execução e controle do projeto. As funções principais são documentar as decisões e premissas, facilitar a comunicação entre as pessoas envolvidas no projeto, documentar o escopo, custo e cronograma aprovados. Ele também deve definir o organograma, papéis e responsabilidades, plano de testes, critério de aceitação, etc. Um detalhamento do escopo do projeto definindo os produtos a serem entregues agrupados por elementos do projeto e descendo a detalhes do que será executado.

Envolvimento do Cliente – Comunicação, envolvimento e participação de todas as partes impactadas.Quanto maior for o envolvimento do Cliente no planejamento e implantação do projeto, melhor tende ser o resultado, já que as pessoas envolvidas vão se sentir “donas” do empreendimento e buscarão a melhor forma de atingir os objetivos. As mudanças também devem ser amplamente discutidas com o Cliente, para que os riscos e impactos no cronograma e nos custos do projeto sejam avaliados.

Pessoal – Recrutamento, seleção e treinamento do pessoal necessário para compor a equipe.As pessoas representam o que há de mais importante num projeto. Não basta ter os melhores processos e a melhor tecnologia se as pessoas falharem. E administrar esse recurso é o maior desafio do líder do projeto, já que nem sempre ele pode escolher as pessoas com quem irá trabalhar. Os resultados devem ser alcançados com os recursos disponíveis e é atribuição do líder do projeto garantir que as pessoas alocadas no projeto sejam capazes de executar as tarefas conforme planejado, assim como gerenciar a comunicação entre elas para que a informação possa fluir e atingir os objetivos estabelecidos. Gerenciar conflitos, mudanças na equipe, conduzir reuniões de forma objetiva, reconhecer os resultados superiores, fazer aconselhamento e negociar são tarefas difíceis e igualmente importantes na condução de projetos.

Tarefas Técnicas – Disponibilidade da tecnologia e conhecimentos necessários para completar tarefas técnicas específicas.A velocidade com que a tecnologia evolui torna cada vez mais difícil a atualização profissional, e a disponibilidade de profissionais capacitados no momento certo para não atrasar o cronograma do projeto não é uma tarefa fácil. Esses recursos são caros e não podem ficar ociosos, portanto a sua alocação exige muita coordenação para eles sejam sincronizados com o início e término das tarefas e projetos.

Aceite do Cliente – o projeto final para o seu usuário final.O aceite do cliente torna-se mais fácil à medida que ele participe da especificação do projeto e do desenvolvimento do cronograma. Mudanças de necessidades, pessoas, organização, podem complicar a obtenção do aceite final, mas de modo geral, se o planejamento foi bem feito e os critérios de aceite são claros e tangíveis, há uma boa chance de se chegar a um bom termo e eventuais divergências serem resolvidas com uma boa negociação entre as partes.

Acompanhamento e Feedback – Fornecimento periódico de informações completas de controle em cada estágio do processo de implantação.Reuniões de acompanhamento entre os membros da equipe de implantação, fornecedores, cliente e a alta direção ajudam a antecipar problemas, avaliar riscos e tomar ações corretivas.

Comunicação – A disponibilidade da estrutura e dados necessários a todos os principais envolvidos na implantação do projeto.A comunicação entre os participantes da implantação do projeto também é outro fator crítico. O plano de comunicação deve estabelecer quem envia e quem recebe a informação e quando. As mudanças afetam demasiadamente a comunicação, constituindo-se numa difícil tarefa para o líder do projeto. Portanto, não assuma nada como verdadeiro antes de se verificar as informações.

Solução de Problemas – Habilidade de lidar com crises inesperadas e com desvios do plano.Se o planejamento falhou ou ocorreu uma mudança inesperada, o líder do projeto, assessorado pela sua equipe, precisa tomar decisões rápidas, ainda que isso incorra em riscos de outros erros e novos problemas. É preciso avaliar rapidamente o custo/benefício de uma decisão, principalmente quando se está num contrato com cláusula de multa por atraso. Muitas vezes as dificuldades são de ordem administrativa e exigem que procedimentos sejam seguidos, como por exemplo, dependendo do valor de uma contratação será necessário passar por vários níveis de aprovação ou será necessário solicitar mais de uma cotação antes de efetuar uma compra.

Gerenciar projetos exige não só rigor e disciplina, mas também um conjunto de habilidades relacionadas com a administração geral e alguma vocação para lidar com o desconhecido.

João de Araújo Prado Neto 24.01.2011 baseado no texto de Paulo Ferrucio.

domingo, 10 de abril de 2011

QbT (Quality by Testing) versus QbD (Quality by Design)


DIÁRIO DE BORDO: A qualidade dos produtos farmacêuticos atualmente é controlada por um sistema baseado em ensaios e testes aplicados às matérias primas, materiais de embalagem, produtos intermediários, semi-acabados e terminados. A qualidade das matérias-primas incluindo princípios ativos e excipientes são monitorados através de ensaios analíticos. Se estes materiais apresentam-se dentro das especificações aprovadas pelo fabricante e órgãos reguladores ou outros padrões (farmacopéias, por exemplo) podem ser utilizados na fabricação de medicamentos. Aceitar a especificação como única certeza de garantir a qualidade leva a rigorosos controles do processo. Mudanças no processo de manufatura não são recomendados e, muitas vezes, requerem notificações à agência reguladora.

Dentro do corrente paradigma de qualidade de um produto farmacêutico (QbT) a especificação é rígida porque é utilizada para garantir a consistência dos processos produtivos. Todos os lotes de produtos farmacêuticos terminados são testados e devem cumprir com as especificações aprovadas, caso contrário, são rejeitados. As análises da causa raiz por falha no cumprimento das especificações geralmente são pouco compreendidas e os fabricantes podem perder alguns lotes até as reais causas de falha ser compreendidas e solucionadas. Ou então a agencia reguladora pode aceitar notificações de revisão dos critérios de aceitação (por exemplo, aprova estender a faixa da especificação) para a liberação dos lotes impedidos de comercialização. Tais especificações rigorosas podem resultar em recolhimentos de produto e falta de medicamentos no mercado.

Esta combinação de etapas fixas (e inflexíveis) de manufatura e um plano extenso de ensaios é o que garante a qualidade dentro deste sistema tradicional. Caracterização limitada da variabilidade, compreensão inadequada de identificação e quantificação de parâmetros críticos do processo e muita precaução da parte reguladora levam a especificações extremamente rígidas e inflexíveis que proíbem a liberação de produtos que podem apresentar um desempenho clínico aceitável. Recursos significativos são desperdiçados debatendo-se problemas relacionados à aceitação da variação, necessidade de testes adicionais de controle, e estabelecimento de critérios de aceitação. Freqüentemente estas discussões concentram-se nos limites de aceitação ou aspectos estatísticos.

Em resumo, a qualidade e o desempenho do produto, na atual estrutura de controle e segurança (QbT), é atingida predominantemente por restrição da flexibilidade no processo de manufatura e ensaios analíticos no produto acabado. O sistema regulatório atual dá pouca ou nenhuma ênfase a um efetivo e eficiente processo de manufatura que assegure a qualidade do produto. Como resultado, as complexidades de uma transferência de escala (scale-up) não são levadas em consideração e as especificações do produto são freqüentemente derivadas utilizando-se dados de um ou mais lotes (que geralmente não são de escala produtiva) e uma compreensão mais sistêmica não tem um papel significativo no processo. Finalmente um opressivo requisito regulatório impõe notificações para a execução de mudanças mínimas e incrementais nos processos e controles inibindo assim melhorias contínuas e estratégias para implantação da garantia da qualidade em tempo real.

Por outro lado, a qualidade baseada no projeto (QbD) apresenta-se com uma abordagem pró-ativa, sistemática, científica, com base em análise de risco do desenvolvimento farmacêutico. Começa com objetivos pré-definidos e com destaque nas concepções do produto, do processo e do controle. Isto significa planejar e desenvolver formulações e processos de manufatura que garantam os objetivos pré-definidos da qualidade do produto através da identificação das características críticas de qualidade do ponto de vista do paciente, traduzindo-se em atributos que o produto deve apresentar independentemente das variações dos parâmetros críticos do processo. Para fazer isto as relações entre as variáveis da formulação e do processo produtivo (incluindo os atributos dos insumos ativos e dos excipientes, assim como os parâmetros do processo) e as características do produto são estabelecidas e as fontes de variação identificadas. O conhecimento assim adquirido é utilizado para implementar um robusto e flexível processo de manufatura que pode se ajustar e produzir um produto consistente repetidamente. Os elementos QbD incluem as seguintes etapas:

•Definir o perfil de qualidade do produto;
•Planejar e desenvolver o produto e o processo de manufatura;
•Identificar os atributos de qualidade, parâmetros do processo e fontes de variação;
•Controlar o processo de produção para atingir a qualidade definida de modo consistente.

No modelo QbD, a qualidade do medicamento é assegurada pelo entendimento e controle das variáveis de formulação e de manufatura. Os ensaios analíticos aplicados ao produto terminado apenas confirmam a sua qualidade. No modelo QbT a especificação é freqüentemente fixada pela observação de dados de um pequeno número de lotes que fixam os critérios de aceitação para os futuros lotes a serem produzidos. No modelo QbD a consistência vem do planejamento e controle do processo produtivo e da especificação do medicamento.

As especificações de teor e dissolução geralmente são as características mais importantes dos medicamentos que garantem a sua efetividade. Interessante notar que a faixa de limites de teor é menor na abordagem QbD comparada à QbT. Normalmente no modelo tradicional o limite é fixado em 90-110% com exceção de alguns fármacos que por razões clínicas os limites são mais estreitos (95-105%). Os limites de teor não são rotineiramente fixados utilizando-se dados de lotes produzidos. É flagrante perceber um fabricante que rotineiramente produz um medicamento com um limite entre 98 e 100% ter uma expectativa de encontrar o limite de teor entre 90 e 110%.

As especificações de impurezas são outras características do medicamento que devem garantir sua segurança. No modelo QbD, o critério de aceitação de uma impureza deve ser baseada na segurança biológica determinada por estudos clínicos embora deva ser também determinada pelos estudo de toxicidade.

É importante perceber que a especificação existe para o produto farmacêutico tanto no modelo QbT como no QbD. Porém o papel da especificação em um e outro modelo é completamente diferente. No modelo QbT, cada lote dever ser testado contra uma especificação para assegurar sua qualidade e consistência de manufatura. No modelo QbD, lotes não necessitam realmente ser testado contra as especificações uma vez que os controles durante o processo provêem suficientes evidências para que os lotes atinjam a especificação ao serem submetidos aos testes analíticos permitindo a liberação em tempo real dos lotes produzidos. Adicionalmente, a especificação no modelo QbD é somente utilizada para confirmar a qualidade do produto e não de servir como base de demonstração da consistência da produção e dos controles aplicados.

Texto escrito por João de Araújo Prado Neto com base no artigo:
“Pharmaceutical Quality by Design: Product and Process Development, Understanding, and Control” – Lawrence X. Yu – Pharmaceutical Research, vol. 25, nº 4, April 2008.

quarta-feira, 23 de março de 2011

NOVAS TENDÊNCIAS APLICADAS AO PROCESSO DE VALIDAÇÃO PARA PRODUTOS FARMACÊUTICOS.


DIÁRIO DE BORDO: Um efetivo processo de validação contribui de maneira significativa para assegurar a qualidade do produto farmacêutico. O principio básico da garantia da qualidade de um produto farmacêutico é que este deve ser produzido de modo adequado ao uso pretendido. Tal princípio incorpora os seguintes pré-requisitos:
• A qualidade, a segurança e a eficácia devem ser planejadas e construídas logo na concepção do produto.
• A qualidade não é adequadamente garantida somente através de inspeções durante o processo e no produto final ou através de testes analíticos.
• Cada etapa do processo de manufatura deve ser controlada no intuito de assegurar que o produto acabado preencha todos os atributos de qualidade incluindo as especificações.


Uma nova tendência de abordagem das atividades de validação é incorporá-las aos conceitos de gerenciamento de risco e de sistemas de qualidade em todos os estágios do ciclo de vida do produto (concepção/ desenvolvimento, produção e descontinuação). Antes que um lote produzido seja comercialmente distribuído para o consumo, o fabricante do produto farmacêutico deve obter um alto grau de segurança no seu processo de manufatura. O ciclo produtivo de cada lote deve reproduzir consistentemente os atributos de identidade, robustez, qualidade, pureza e potência. Esta consistência deve ser obtida através do tratamento eficaz e efetivo das informações, dados e resultados dos lotes de bancada, piloto e de escala comercial. Um programa de validação bem sucedido depende das informações e conhecimentos obtidos do processo para o estabelecimento do controle sobre as fontes, a detecção e o nível da variação visualizando seu impacto nos atributos do produto e mensurando o risco que essa variação representa para o processo e para o produto.
Após o estabelecimento e confirmação do controle sobre o processo este “estado de controle” deve ser mantido sempre que haja mudanças nos materiais, equipamentos, condições de produção, pessoal e nos procedimentos. Para tanto um programa de monitoramento que identifique problemas ou oportunidades de melhoria do processo deve ser implementado.

REQUISITOS REGULATÓRIOS DA AGÊNCIA FDA
Normas da Food and Drug Administration (FDA) que descrevem as Boas Práticas de Fabricação (cGMP) para produtos farmacêuticos nos Estados Unidos estão contidas no Código Federal de Regulamentos (CFR parte 210 e 211). O embasamento para o processo de validação pode ser visto

Na seção 351 do decreto 21 do US Code sobre Drogas e correlatos adulterados:
“O produto farmacêutico...deve ser considerado adulterado...se...os métodos, utilidades ou controles utilizados na manufatura, processo, embalagem ou guarda não estiverem de acordo ou não operarem ou não forem administrados em conformidade com as BPFs...”

No parágrafo 211.100(a) do CFR que declara:
“Devem estar previstos procedimentos escritos para a produção e controle do processo que garantam a identidade, robustez, qualidade e pureza dos produtos farmacêuticos...”

No parágrafo 211.110(a) do CFR:
“Amostragem e análise dos materiais e produtos em processo são necessárias para monitorar a sua saída e validar o desempenho dos processos que podem causar variabilidade nas suas características...”

No parágrafo 211.110(b) do CFR:
“As especificações de processo devem ser consistentes com as especificações do produto final”
“As especificações de processo devem ser derivadas da média aceitável para o processo e a variação estimada através da aplicação de procedimentos estatísticos onde for requerido”

ESTÁGIO DE CONCEPÇÃO/DESENVOLVIMENTO
Esta é a atividade que define o processo de manufatura dos produtos para comercialização refletidos no plano mestre de produção e nos registros de controle. O objetivo desta etapa é viabilizar um processo que entregue produtos dentro dos atributos de qualidade de maneira consistente. Um processo eficiente depende do conhecimento e compreensão obtidos e registrados nesta fase. A documentação gerada deve servir de base para as decisões sobre revisão e melhoria no processo e na opção de mudança e refinamento dos seus controles.

ESTÁGIO DE QUALIFICAÇÃO
Durante este estágio o processo concebido é avaliado para determinar se é capaz de reproduzir os produtos para a comercialização. Dois são os elementos chaves desta etapa:
a) O projeto das instalações e a qualificação dos equipamentos e utilidades
b) E a qualificação de desempenho (performance) do processo.
Os produtos manufaturados nesta etapa podem ser distribuídos, porém somente com e se o encerramento desta fase demonstrar que esta foi bem sucedida.

VERIFICAÇÃO CONTÍNUA DO PROCESSO
O objetivo deste estágio é garantir de forma contínua que o processo permanece dentro do “estado de controle” (= estado validado) durante o período de produção para o comércio. Um sistema ou sistemas de detecção de ocorrências não planejadas dentro do processo é essencial para o cumprimento desta meta. Aderência aos requisitos de BPF, especificamente, na coleta e avaliação das informações e dados provenientes do processo, de forma a permitir a detecção de variações indesejáveis é fundamental esta manutenção do estado de controle. Avaliando o processo desta maneira identificam-se problemas e determinam-se ações para corrigir, antecipar ou prevenir que o processo volte ou não saia do estado de controle. Os dados coletados devem incluir tendências relevantes da qualidade dos materiais ou componentes do processo, materiais de partida (matérias-primas e materiais de embalagem) e produtos acabados. A variação deve ser periodicamente avaliada, monitorada e ajustada. A variação pode ser detectada através da avaliação de defeitos reclamados, constatações fora de especificação, relatórios de desvios de processo, variações de rendimento, documentação de lote, registros de matérias primas e notificações de eventos adversos. Os dados obtidos durante esta fase podem sugerir pontos de melhoria ou otimizações do processo por alterações de alguns aspectos do processo ou do produto. Uma alteração deve ser bem justificada, planejada, implementada e documentada.

TIPOS DE VALIDAÇÃO
Existem duas abordagens básicas para a validação:
a) Uma baseada em evidências obtidas por meio de testes (validação concorrente e prospectiva)
b) E uma baseada na análise de dados históricos (validação retrospectiva)

O tipo de validação a ser aplicada rotineiramente deve ser a validação prospectiva, raramente a validação concorrente deve ser utilizada (manufatura de produtos com demanda limitada – medicamentos órfãos, medicamentos veterinários ou medicamentos de ciclo de vida curto – radiofármacos). A validação retrospectiva está em desuso e não é recomendada.

Uma regra a ser seguida é: a distribuição comercial de produtos processados sob validação deve ser decidida após o protocolo de qualificação de desempenho do processo ser totalmente executado e os dados plenamente avaliados. No caso de se utilizar validação concorrente um racional justificável deve ser descrito no protocolo da validação. E um sistema de alerta deve ser implantado para os lotes distribuídos, como por exemplo, queixas de clientes e notificações de defeitos devem ser rapidamente avaliadas para a determinação de causa raiz e se o processo deve ser melhorado e modificado. É recomendado que os lotes envolvidos em uma validação concorrente devam ser incluídos no programa de estabilidade de acompanhamento.



João de Araújo Prado Neto. 22.03.2011
Texto baseado no FDA, (CDER, CBER, CVM) “guidance for industry process validation: general principles and practices”, January 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

POLÍTICA DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO (PSI)



DIÁRIO DE BORDO: Com a expansão do uso da tecnologia da informação nas organizações, cresce também a necessidade de padronizar regras e procedimentos para o monitoramento e controle dos dados e informações que circulam dentro da companhia. Proteger o patrimônio intelectual detectando vulnerabilidades e restringindo acessos às informações através de uma política de segurança é essencial para o estabelecimento de padrões, responsabilidades e critérios no manuseio, armazenamento, transporte e descarte das informações.

A utilização dos recursos tecnológicos da informação surge como um diferencial de agilidade e eficiência nos processos das organizações, porém se estes não forem utilizados de forma controlada podem levar a desperdícios de tempo, dinheiro, credibilidade e reputação no mercado. Para assegurar que as informações e serviços estejam protegidos adequadamente, três princípios básicos devem seguidos: confidencialidade, integridade e disponibilidade. Estes princípios devem estar contidos dentro de um documento cuja função é estabelecer padrões, responsabilidade e critérios para as atividades da rotina empresarial buscando prevenir o mau uso dos recursos disponíveis. A Política de Segurança da Informação (PSI) deve compreender os níveis estratégico, tático e operacional através de diretrizes, normas e procedimentos.

A Política pode variar de acordo com o tipo de negócio e nível de controle a ser atingido. Uma Política regulatória é requerida quando a organização necessita obedecer a especificações legais para o estabelecimento do seu negócio. Quando não se tem esse nível de exigência uma Política pode apenas sugerir ações e metodologias a serem adotadas para a realização de uma determinada tarefa ou operação ou ainda ter um caráter informativo onde nenhuma ação é necessária no caso de seu não-cumprimento.

Para definir uma PSI primeiramente é necessário fazer o inventário de hardwares, softwares, tipos de informações, acessos físicos e documentos que devem ser cobertos. Com base neste levantamento deve-se estabelecer como será o nível de proteção (armazenamento, salvamento, recuperação), notificação e penalização.

A PSI deve ter o total comprometimento da alta direção, incluindo a assinatura do mais alto executivo da organização. Para conseguir a aderência da PSI entre as pessoas da companhia é necessário utilizar diversos meios de publicação e divulgação, tais como: materiais promocionais, palestras de conscientização, jornais e folhetos internos, disponibilizar um manual básico na intranet, entre outros.

A atualização constante da PSI é importante, pois ela deve refletir sempre o cenário atual da empresa, portanto um controle de versão, autores e datas se faz necessário. Outra necessidade é o estabelecimento e aplicação de punições pelo descumprimento da PSI com o objetivo de dar o devido incentivo à adesão e respaldo jurídico à organização. Desta maneira uma declaração de conhecimento da PSI deve ser assinada e anexada à pasta de dados contratuais de cada funcionário.

João de Araújo Prado Neto 17.01.2011

Este texto foi baseado em informações contidas no http://www.carlosfilipelagarinhos.blogspot.com .
Caso tenha interesse num modelo básico de uma PSI vá ao blog citado.

quinta-feira, 10 de março de 2011

PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO (PMV): O compromisso da gestão.


DIÁRIO DE BORDO: Nas indústrias de produtos farmacêuticos, de biotecnologia e produtos médicos é de suma importância que os produtos sejam fabricados através de métodos testados, aprovados e sob forte supervisão. Sistemas de qualidade são implantados para garantir a segurança e eficácia dos produtos. A Validação assegura que os sistemas, equipamentos e processos são reprodutíveis e confiáveis. O Plano Mestre de Validação (PMV) é o documento que traz todos os aspectos do processo de validação e expressa as intenções de como é sua gestão, incluindo as definições de políticas, abrangência, cronogramas e responsabilidades.

O PMV é mais do que um plano de execução das validações. Consiste no compromisso da organização de garantir que os sistemas validados satisfaçam as expectativas regulatórias. O PMV é um documento utilizado como um plano das validações, como afirmação do compromisso da organização para com as validações e também como delineador das perspectivas futuras referente às validações. O PMV inclui o compromisso de manter o estado validado assim como atingir o estado validado dentro de um período de tempo factível e breve.

O PMV é visto pelas agências regulatórias e auditores como um documento de obrigação assumida e freqüentemente é um dos primeiros documentos a serem requisitados nas auditorias. O PMV se traduz num comprometimento geral da empresa em assegurar que os sistemas, equipamentos e processos estão validados e cumprem com os regulamentos governamentais e as políticas da companhia. E procura evidenciar que os produtos manufaturados advindos desses processos e sistemas são seguros e eficazes para o consumidor final.

Conforme a RDC17-2010 a definição de PMV é “de um documento geral que estabelece as estratégias e diretrizes de validação adotadas pelo fabricante. Ele prove informação sobre o programa de trabalho de validação, define detalhes, responsabilidades e cronograma para o trabalho a ser realizado”. Portanto o PMV define os esforços da organização com respeito às validações.

Delineando as políticas e os valores da organização dentro do PMV isso demonstra como a organização opera e monitora seu compromisso com o cumprimento do programa de validação. Como todo sistema o programa de validação deve ser monitorado e controlado após sua implantação para se ter certeza que está operando conforme o previsto. O estabelecimento de uma freqüência para reavaliar o status das validações deve ser aplicado em cada área com base na criticidade e no risco sanitário.

O PMV deve também incluir como este compromisso deve ser atingido interfaciando outros sistemas tais como o treinamento e as auto-inspeções e descrevendo:
• As equipes responsáveis para garantir o cumprimento dos objetivos traçados;
• A documentação que deve ser elaborada para dar todo o suporte às validações;
• As atividades que devem ser realizadas para realizar, concluir e manter o estado de validado.

O PMV deve prever uma política de gestão do ciclo de vida do programa de validação para garantir que o sistema encontra-se capaz de produzir produtos com a qualidade esperada e seguros para os pacientes. Portanto um sistema de controle de mudanças deve estar implantado para comunicar, avaliar e controlar qualquer alteração necessária após uma qualificação inicial.

Concluindo o PMV é um documento que serve para muitos propósitos da Validação e sua função chave é o comprometimento de todas as partes envolvidas para assegurar que os sistemas implantados satisfaçam as expectativas regulatórias e em última instância proteja o paciente.

João de Araújo Prado Neto 22.01.2011

Referência:
PAWLIK, Justin – Validation Masters Plans as commitment documents – Journal of Validation Technology – spring 2009

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

GERENCIAMENTO DE PROJETOS (1): A FERRAMENTA DA ESTRATÉGIA.


DIÁRIO DE BORDO: Os projetos são considerados os principais instrumentos para a implantação e alcance dos objetivos estratégicos da organização. A intensificação da competitividade mundial força as empresas a se organizarem em torno de uma filosofia de inovação e aprendizado contínuo para sobrevivência no mercado. Neste contexto uma companhia deve ser flexível e administrada por meio de projetos. Mas afinal de contas, o que vem a ser um projeto?

Todas as grandes realizações humanas começaram com um projeto. Consiste na aplicação de um esforço singular, complexo e fora da rotina que está limitado por tempo, orçamento e recursos definidos, cujo desempenho é medido através da satisfação das necessidades de um cliente. As principais características de um projeto são:

1. Estabelecimento de um objetivo;
2. Definição de um período com começo e término;
3. Envolvimento de uma equipe multidisciplinar;
4. Elaboração de algo nunca antes realizado;
5. Tempo, custos e requisitos definidos.

Portanto, projeto não é um trabalho diário, rotineiro e repetitivo. Quando um projeto é finalizado um novo produto ou serviço passa a existir. A natureza única de um projeto pode ser representada pelo seu “ciclo de vida” que é a base para o seu gerenciamento. O ponto de partida de um projeto é quando ele é aprovado. A partir daí, genericamente, um projeto apresenta as seguintes fases:

1.Definição: Nesta fase as tarefas são definir as especificações, estabelecer os objetivos, formar as equipes e determinar as responsabilidades.

2.Planejamento: Nesta fase o nível de esforço aumenta com o desenvolvimento e programação de planos de ações com a definição das implicações e impactos, nível de qualidade a ser atingido, e custo de cada uma dessas ações.

3.Execução: Nesta fase o projeto toma corpo através da construção do produto ou o serviço planejado. Medidas de controle de tempo, custos e especificações são utilizadas para que ações preventivas sejam acionadas para o ajuste do projeto como um todo.

4.Entrega: Esta etapa abrange duas atividades. Entrega do produto ou serviço ao cliente incluindo o treinamento e a transferência de documentos. E a redistribuição dos recursos que geralmente envolve a devolução de equipamentos e materiais para outros projetos e busca de novas tarefas para os membros da equipe.

Visualizando estes conceitos pode-se concluir que uma validação de processo ou de um sistema, uma qualificação de equipamento, uma transferência de produto, ações CAPA e ações de melhoria entre outros, consistem em projetos que fazem parte do gerenciamento da garantia da qualidade de um produto regulado ou um serviço dentro de situações contratuais.

João de Araújo Prado Neto 14.01.2011

REFERÊNCIA:
GRAY, C. F. – Gerenciamento de projetos: o processo gerencial – tradução Dulce Cattunda e Frederico Fernandes, 4ª edição, São Paulo: McGraw-Hill, 2009.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

BPF, HIGIENE PESSOAL, LAVAGEM DE MÃOS E CIÊNCIA.


DIÁRIO DE BORDO: Uma rigorosa higiene pessoal é um requisito básico de todas as atividades ligadas à fabricação de um produto farmacêutico. A higienização das mãos é uma norma primária dentro das BPFs (vide parágrafo 93 § 1 e 2 da RDC 17-2010) e as instalações devem ser construídas (vide parágrafo 407 § 3 da RDC 17-2010) e mantidas apropriadamente de forma a oferecer suprimento de água, sabão e toalhas adequadas de forma a proporcionar uma adequada higienização das mãos. Além disso, o uso restrito de jóias e adereços assim como o treinamento e monitoramento contínuos de lavagem das mãos é um tópico importante quanto ao aspecto microbiológico dentro de uma planta farmacêutica.

• As pessoas envolvidas nos processos de fabricação, embalagem e armazenamento de um produto farmacêutico devem utilizar uniformes apropriados.
• Equipamentos e utensílios para cobertura de cabeça, face, mãos e braços devem ser utilizados quando necessário para proteger os produtos da contaminação.
• Todo o pessoal deve ser treinado nas práticas de higiene pessoal.
• Somente pessoal autorizado deve adentrar nas áreas e instalações designadas à produção, embalagem e armazenamento de produtos farmacêuticos.
• Pessoas com suspeita ou confirmação de enfermidade ou lesão exposta que possa afetar de forma adversa a qualidade dos produtos devem ser excluídas do contato direto dos materiais e produtos terminados.
• Todos os funcionários devem ser instruídos e incentivados a relatar quaisquer condições relativas à produção, ao equipamento ou pessoal que considerem que possam interferir adversamente nos produtos.

Os tópicos acima constituem a base do controle da contaminação para a qualidade final de um produto farmacêutico proveniente de um processo estéril ou não. Adicionalmente a utilização de uma técnica apropriada de lavagem de mãos é a melhor maneira de diminuir a disseminação de doenças em qualquer instalação seja ela farmacêutica, alimentícia, cosmética ou hospitalar.

INSTALAÇÕES
Primariamente devem existir instalações destinadas à higienização das mãos nas entradas e saídas para produção e laboratórios. Em tais instalações devem estar disponíveis água (no mínimo potável) e sabonete. O mecanismo de controle do fluxo de água não deve favorecer a re-contaminação das mãos imediatamente após a lavagem (acionamento por cotovelo ou pés ou automático).

SABONETE
O tipo de sabonete e em particular o dispensador de sabonete líquido é um importante aspecto para a eficácia da lavagem das mãos. Para sabonetes as três maiores opções do mercado são: sabonete em barra, sabonete líquido colocado em dispensadores e sabonete líquido em refil de saco plástico. O sabonete em barra definitivamente deve ser abolido por estar provado que com o uso passa a ser um reservatório de microorganismos. Para o sabonete líquido colocado em dispensadores a melhor prática é remover o sabonete residual e fazer uma limpeza completa no dispensador a cada enchimento para prevenir o acúmulo de microorganismos, principalmente no bocal onde é tocado com as mãos em cuja superfície pode acumular resíduo seco de sabonete. Não é recomendável somente completar o reservatório do dispensador. A melhor opção é o sabonete líquido contido em sacos plásticos, pois o sistema proporciona uma troca limpa a cada reposição.

ADITIVOS ANTIMICROBIANOS
Os sabonetes líquidos com adição de antimicrobianos é um importante avanço às práticas de higiene e ao combate às doenças nos últimos anos, porém a dificuldade é que nem sempre o fabricante do sabonete demonstra como a substância biocida age e comprova sua eficácia, somente declara que a substância está presente na formulação. Além disso, existe a possibilidade do biocida aplicado em dosagem insuficiente propiciar resistência. Entretanto, quando testado e comprovado por testes o produto geralmente é bom. Os biocidas mais comuns adicionados aos sabonetes líquidos incluem o triclosan, clorexidina, EDTA e alcoóis.

JÓIAS E ADEREÇOS
Anéis, braceletes, pulseiras, relógios, etc. devem ser removidos ao se lavar as mãos. Estes itens dificultam a limpeza efetiva das mãos. Estudos comprovaram que após treinamento com 100% de aderência, 47% das pessoas usavam relógios, 37% usavam anéis e 6% braceletes, e todas apresentaram presença de patogênicos após lavagem das mãos.

SECAGEM DAS MÃOS
Toalhas de papel, toalhas contínuas e secadores de mãos são as opções. Estudos até agora realizados mostram-se pouco conclusivos, porém o secador de mãos por ar quente depende muito do ar que é aquecido e direcionado para as mãos e estudos concluíram que fricção das mãos no ato da secagem não é um bom procedimento. As toalhas contínuas dependem muito da freqüência de uso e substituição. As toalhas de papel dependem muito do procedimento de lavagem das mãos e da exposição, armazenamento e manipulação das toalhas ao serem colocadas nos dispensadores.

UM PROTOCOLO DE LAVAGEM DAS MÃOS RECOMENDADO
Baseado no protocolo do CDC (Centers for Disease Control and Prevention, uma agência federal dos EUA que atua no âmbito da saúde pública e segurança) o seguinte procedimento é recomendado para a lavagem de mãos numa área farmacêutico:
• Remova toda a jóia e adereço das mãos e pulsos.
• Considere a pia, inclusive a torneira, contaminada. Evite tocar na pia e na torneira com as mãos.
• Acione o fluxo de água com o cotovelo, pé (no caso do sistema não ser automático). No caso desses sistemas não estarem disponíveis, use o papel toalha e então molhe as mãos e pulsos.
• Aplique o sabonete do dispensador (não utilize sabonete em barra). Assuma que o dispositivo de controle do dispensador esteja sempre contaminado.
• Esfregue vigorosamente as partes internas e externas das mãos pelo mínimo de 20 segundos. A fricção ajuda a remover sujeira e microorganismos. Lavar em volta das cutículas, entre os dedos e debaixo das unhas esfregando as palmas uma na outra.
• Enxágüe as mãos debaixo da corrente de água. O fluxo de água carreará a sujeira e partículas. Aponte os dedos para baixo e não deixe respingar gotas nos cotovelos.
• Usar o cotovelo ou o pé para fechar a torneira. No caso de não haver controle de fluxo de água apropriado, use um papel toalha limpo para fechar a torneira.
• Seque as mãos completamente (deixar o fluxo de água correndo).
• Utilize papel toalha limpo. No caso do papel toalha enroscar no dispensador e você tiver que tocar no dispensador de papel, lavar as mãos novamente.
• Utilizando o vento de ar quente inicie pelos cotovelos. Não esfregue as mãos enquanto não secá-las completamente sob o fluxo de ar quente.

Técnica e procedimento são parâmetros importantes na minimização da contaminação. Uma vez treinada, a lavagem das mãos deve ser monitorada.

João de Araújo Prado Neto 24.01.2011 (texto baseado na referência abaixo)

SUTTON, Scott – Hand Washing, hygiene, CGMP, and Science – Journal of GXP Compliance, winter 2010, Volume 14, number 1.