DIÁRIO DE
BORDO: A agência FDA publicou uma consulta pública
revisando as normas BPF para produtos cosméticos. Este documento tem o objetivo
de direcionar a indústria e partes interessadas na identificação de padrões e
problemas que possam afetar a qualidade e a segurança destes produtos. Dentre
as atualizações a guia insere uma nova seção de definições esclarecendo conceitos
contidos no corpo do documento. Incluem também recomendações específicas sobre
documentação, arquivo, edifícios e instalações, equipamentos, pessoal, matérias
primas, produção, auditoria interna, controles laboratoriais, tratamento das
reclamações, recolhimentos e relatórios e eventos adversos. Esta revisão traz
um alinhamento com padrões internacionais orientados pela International Cooperation on
Cosmetics Regulation (ICCR). A CP na íntegra pode ser vista no endereço
eletrônico abaixo.
bpexcelencia.blogspot.com tem a função de trazer informação útil sobre as atividades dos setores regulados (farmacêutico alimentício e cosmético)
no sentido de ajudar no desempenho, demonstração e manutenção do estado de certificação das Boas Práticas
através de artigos com abordagens estratégicas, comentários, tópicos de treinamentos, ferramentas e estudos de caso.
Assim como informações sobre a conduta e desenvolvimento das pessoas envolvidas neste segmento.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
FDA publica revisão da sua guia BPF para produtos cosméticos
quinta-feira, 20 de junho de 2013
VALIDAÇÃO DE PROCESSOS: Sete perguntas básicas.
DIÁRIO DE BORDO: Dentro
do sistema da qualidade a Validação de Processo é o mecanismo ou a
atividade pelo qual a organização assegura que um processo cuja saída não é
totalmente verificável, seja capaz de fornecer, de forma constante, produtos que atendam às especificações. A Validação de
Processo faz parte do Plano Mestre de Validação (PMV), destacando-se o
desempenho do processo de fabricação, ou seja, a confiabilidade, a rastreabilidade
e a qualidade das informações definidas durante os testes. Para cada produto deve
ser realizada uma Validação de Processo, gerando um protocolo com os critérios de aceitação e
um relatório final para aprovação do processo. Portanto, ao se preparar para uma
auditoria algumas perguntas básicas devem ser verificadas antecipadamente como
expectativas de uma inspeção por parte de uma agencia reguladora:
1. Existe um POP escrito cobrindo
o Programa de Validação aprovado pela área da qualidade?
2. Existe um Plano Mestre
de Validação (PMV)?
3. As pessoas envolvidas no
processo de validação estão qualificadas por treinamento, experiência e
educação?
4. As pessoas envolvidas no
processo de validação preenchem os requisitos de qualificação nas respectivas descrições
de cargo?
5. Existe algum POP que
defina claramente que os requisitos de validação devem ser cumpridos antes da liberação
do produto no mercado?
6. Existe algum POP
definindo as condições que permita qualquer tipo de validação diferente da validação
prospectiva (retrospectiva ou concorrente – se sim qual a justificativa)?
7. Os lotes de validação
normalmente são incluídos no programa de estudos de estabilidade (se não, há
uma justificativa para não incluí-los)?
1. Existe um POP escrito cobrindo
o Programa de Validação aprovado pela área da qualidade?
2. Existe um Plano Mestre
de Validação (PMV)?
3. As pessoas envolvidas no
processo de validação estão qualificadas por treinamento, experiência e
educação?
4. As pessoas envolvidas no
processo de validação preenchem os requisitos de qualificação nas respectivas descrições
de cargo?
5. Existe algum POP que
defina claramente que os requisitos de validação devem ser cumpridos antes da liberação
do produto no mercado?
6. Existe algum POP
definindo as condições que permita qualquer tipo de validação diferente da validação
prospectiva (retrospectiva ou concorrente – se sim qual a justificativa)?
7. Os lotes de validação
normalmente são incluídos no programa de estudos de estabilidade (se não, há
uma justificativa para não incluí-los)?
Caso alguma das perguntas acima não preencha a expectativa dos auditores esteja preparado com um boa justificativa ou faça a adequação necessária.
terça-feira, 18 de junho de 2013
Guia de Auxílio na Implantação de Boas Práticas em Produtos Para Saúde
DIÁRIO DE BORDO: A Anvisa em conjunto com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) publicaram uma guia baseada nas normas RDC 16-2013, RDC 59-2000 e Portaria número 686-1998. O manual foi elaborado para auxiliar as empresas fabricantes ou que comercializam produtos médicos a implantar e solicitar o Certificado de Boas Práticas de Fabricação.
Veja esta guia na íntegra no link ao lado.
sábado, 1 de junho de 2013
ATUALIZAÇÃO DAS NORMAS BPF DA UNIÃO EUROPÉIA.
DIÁRIO DE BORDO: Após um longo período de revisão e
muitas versões em rascunho, o capítulo 1 referente à Gestão de Qualidade das Boas
Práticas de Fabricação da Comunidade Europeia (EU-BPF) entrou em vigor em 31 de
Janeiro de 2013. Segue abaixo um resumo das maiores mudanças.
TÍTULO: o título do capítulo passou de “Gerenciamento
da Qualidade” para “Sistema farmacêutico da Qualidade”.
ICH Q10: A nova norma traz uma série de elementos-chave
e muitas referências provenientes da guia ICH Q10 sobre "Sistemas de
qualidade farmacêutica". A guia ICH Q10 foi planejada para se tornar o
novo anexo 21 das BPF da União Européia, mas por algum outro motivo foi movido
(juntamente com o Anexo 20 sobre Gestão de Riscos) para uma nova Parte 3 desta
norma de BPF.
PRINCÍPIOS: Sem grandes mudanças nesta parte, a
não ser uma atualização para cobrir o fato do cumprimento (quando aplicável)
para com a “Autorização de Ensaio Clínico” em vez de “Autorização de Mercado
para Materiais de Ensaios Clínicos”. Interessante é a menção da alta
administração que neste novo capítulo é efetuada por três vezes dando maior ênfase
de que a alta administração deve ter uma participação ativa no Sistema de
Gestão da Qualidade.
SISTEMA FARMACÊUTICO DA
QUALIDADE: Este foi capítulo
que teve as maiores mudanças. A maioria dos requisitos da versão anterior foi
mantida, mas nestes seis novos itens da nova norma há uma maior profundidade de
cobertura do que é um Sistema de Gestão da Qualidade Farmacêutica é. Seguem
abaixo as principais mudanças:
•
Reforça a importância de considerar as BPF, não só na fase de fabricação, mas
também durante o desenvolvimento, transferência de tecnologia e descontinuação
do produto (item 1.2) seguindo o espírito da guia ICH Q10;
•
Menciona explicitamente a prática da ferramenta de melhoria contínua do sistema
(item 1.2 e item 1.4 XII). Tradicionalmente as BPF da Europa não promoviam
ativamente esta ferramenta;
•
Reforço no processo do conhecimento (1.4 II), no desempenho do processo (1.4 VIII)
e monitoramento nos processos (1.4 IX) de acordo com os princípios da ISO 9001;
•
Maior importância no controle de fornecedores, na cadeia de abastecimento e
todas as atividades terceirizadas (1.4 VI e VII) de acordo com as preocupações
das agências reguladoras;
•
Maior importância no Controle de Mudanças tanto antes de serem tomadas e depois
(1.4 XIII e XIV);
•
Menciona a análise de causa-raiz de problemas (1.4 XV). Nesta seção também é
possível ver a primeira menção nas EU-BPF sobre erro humano e sistema CAPA.
Estes três termos não eram mencionados nas versões anteriores;
•
Solicita um papel atuante do nível gerencial no que se refere à
responsabilidade pelo Sistema de Gestão da Qualidade com a definição de papéis
e responsabilidades e da garantia de que estas sejam definidas, comunicadas e
implementadas em toda a organização. Digno de nota é que esta é a primeira vez
que se menciona o termo "comunicação" nas EU-BPF sugerindo fortemente
o SGQ se estende a toda a organização, e não apenas as áreas de BPF;
•
formaliza a “Revisão pela Gestão” (1.6), outro princípio ISO 9001 que obriga a
alta administração a realizar uma revisão periódica nos sistemas de qualidade
implantados, incluindo a identificação de melhoria de produtos, processos e
todo o sistema;
•
Finalmente, a necessidade de um Manual da Qualidade (1.7). Isso também é
abordado no recente Capítulo 4 da EU-BPF sobre Documentação. Neste podemos
verificar maiores detalhes do que se é esperado dentro de um Manual de
Qualidade. Novamente um princípio ISO 9001 incluindo uma descrição do sistema
de gestão da qualidade assim como as responsabilidades da gestão. Nas ISO 9001
esta descrição do SGQ é atingido descrevendo os processos do SGQ, o seu âmbito
e os documentos que compõem o sistema.
Não houve maiores modificações nos outros capítulos dessa nova versão. A visão um tanto quanto subjetiva colocada aqui
demonstra uma evolução do pensamento de gestão da qualidade entre as agências
reguladoras e as indústrias. Concordam? Ou não?
Texto escrito por João de Araújo Prado Neto em 12.05.2013.
quinta-feira, 16 de maio de 2013
FDA publica uma consulta pública sobre uma guia de segurança em rotulagem
DIÁRIO DE BORDO: Em Abril de 2013 a FDA publicou uma consulta pública sobre rotulagem de produtos farmacêuticos. O objetivo desta guia é minimizar erros relacionados à administração de produtos farmacêuticos e biológicos. Essa guia centraliza-se em aspectos de segurança do rótulo da embalagem primária e no “design” do cartucho (embalagem secundária), além de fornecer um conjunto de princípios e recomendações para assegurar que elementos críticos sejam considerados e projetados na rotulagem desses produtos para a promoção de uma distribuição, administração e uso seguros.
Essa guia aplica-se aos medicamentos de prescrição e produtos biológicos e estabelece recomendações sobre: nome fantasia e marca, potencia do produto, via de administração, avisos de informação crítica, data de validade, código de barras, substâncias controladas, entre outros. Para acessar o documento clique no endereço abaixo:
sexta-feira, 10 de maio de 2013
GUIA ANVISA SOBRE TRATAMENTO DE AR NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
DIÁRIO DE BORDO: Encontra-se disponível no site da Anvisa no site da Anvisa o Guia da Qualidade para Sistemas de Tratamento de Ar e Monitoramento Ambiental na Indústria Farmacêutica. O documento é direcionado aos fabricantes de medicamentos no Brasil e apresenta orientações sobre eventuais necessidades de adequações à legislação vigente e também para que busquem melhorias contínuas. As informações e diretrizes técnicas básicas apresentadas no Guia da Qualidade foram fundamentadas em artigos técnicos, farmacopeias, normas técnicas internacionais e estrangeiras e também na experiência adquirida pela Anvisa em inspeções conduzidas nos territórios nacional e estrangeiro. Também foi criado um e-mail para o envio de críticas e sugestões sobre os conteúdos dos Guias da Qualidade publicados pela Anvisa (guiasdaqualidade.gimep@anvisa.gov.br).
Acesse o guia no link ao lado.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
MÉTRICAS PARA O CUMPRIMENTO DAS NORMAS BPF
Diário de Bordo: Marta Wosinska e Janet Woodcock,
esta última possuindo um dos mais importantes cargos dentro da FDA, publicaram
um interessante artigo na revista científica Nature. Neste artigo colocam um
novo conceito de classificação BPF para as indústrias farmacêuticas. No texto intitulado
“Economic and Technological Drivers of
Generic Sterile Injectable Drug Shortages” elas destacam a escassez de
muitos medicamentos, principalmente os produtos genéricos estéreis. Segundo elas,
tal escassez foi causada por motivos econômicos em que muitas empresas descontinuaram
a produção ou mantiveram apenas uma planta a oferecer esta forma farmacêutica ao
mercado. Esta carência agravou-se durante as últimas inspeções da FDA onde a
agencia observou consideráveis desvios de BPF nestas poucas plantas e algumas
tiveram que ser temporariamente fechadas. No decorrer dessa análise, o que se
verifica é: para manter baixos os custos de produção, a qualidade não é levada
em consideração. O artigo conclui que não existe recompensa para a manutenção
da boa qualidade e que existem somente dois níveis de qualidade: Conforme ou Não-conforme. Assim elas propõem
uma discussão sobre introduzir métricas de qualidade onde as empresas poderiam
ser classificadas em A, B, C ou D,
por exemplo, levando uma graduação do maior ao menor grau de cumprimento das
normas BPF. Veja na
íntegra o artigo disponibilizado “on line”
a partir de janeiro de 2013 no endereço abaixo:
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