DIÁRIO DE BORDO: A motivação para escrever este texto veio de duas situações. A primeira uma palestra que dei na FCE de 2008 cujo tema era Gestão da Qualidade levando-se em consideração a proposta de revisão das Boas Práticas de Fabricação para o século 21 do FDA. E outra um treinamento “in company” que está se desenvolvendo este ano, intitulado Processo para Educação da Qualidade (PEQ) com o objetivo de alinhar os conceitos da filosofia Philip Crosby com o pensamento Lean e as ferramentas da metodologia Six Sigma. As duas ocasiões foram momentos de intenso estudo e grande aprendizado.
A chave para o sucesso dentro de uma Organização é ser bem sucedida em seus propósitos e o mais desafiador é manter o sucesso ao longo do tempo. O cenário corporativo atual nos remete a uma nova ordem mundial onde ocorrem três fenômenos:
As estratégias de gestão dentro deste ambiente competitivo, complexo e dinâmico são:
E isto é muito difícil!
A equação do sucesso a ser resolvida é função de uma eficiente gestão dos recursos disponíveis e um grande foco nos resultados para o atingimento das metas de maneira eficaz. Nestes dois braços da gestão temos dois elementos que devem andar juntos de forma ponderada: a Qualidade e a Produtividade.
O pior dos mundos é viver no quadrante da baixa produtividade e baixa qualidade: a Organização poderá até conseguir um sucesso efêmero, porém será medíocre e estará fadada ao desaparecimento por não conseguir ser competitiva.
Ao acelerar-se a produtividade em detrimento da qualidade o resultado do sucesso pode ser imediato, mas não será duradouro.
Por outro lado ao levar-se em consideração somente a qualidade em detrimento da produtividade, o alto custo pode não ser sustentável. A Organização experimentará a chamada vitória de Pirro - na construção do império Romano Pirro, rei de Épiro, foi um grande opositor de Roma. Na batalha de Ásculo saiu vitorioso, mas com muitas perdas, e então disse a seguinte frase: - Mais uma vitória dessas e estamos perdidos...
A única saída para o sucesso permanente é manter uma alta qualidade com uma alta produtividade e a manutenção destes dois elementos só se consegue através da obtenção de um baixo custo de conversão para manter uma margem de lucro significativa praticando preços competitivos.
E como se faz essa mágica? Aí entra em jogo como estão dispostas as engrenagens da aquisição, da produção e das vendas; e como elas são movimentadas pelas pessoas da Organização. Aqui entra a gestão dos diferenciais: gerar um ambiente para agir de modo proativo procurando fazer certo da primeira vez e estimulando a conduta do zero-defeito; criar canais para captar as oportunidades de melhoria; estabelecer uma política de retenção dos talentos individuais e investir no treinamento das equipes; aplicar-se na gestão do conhecimento do produto e do processo fomentando projetos estratégicos de melhoria e ter como leme indicadores de desempenho de fácil entendimento por todos.
Assim a produtividade e a qualidade não serão mais medidas pela capacidade de gerar bons produtos, mas sim pela capacidade de gerar valor. Portanto, lembre-se: trabalhar com qualidade é bom; trabalhar com qualidade e produtividade é ótimo. Porém trabalhar com qualidade, produtividade e baixos custos é EXCELENTE.
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